Entre o mar e a cidade, havia um homem. Prostrado na areia, olhando adiante. Ele não estava aqui, nem lá. Habitava um não-lugar. Não era parte da paisagem urbana ou da metrópole do oceano. Os dedos dos pés agitavam-se entre os grãos, afoitos pelo movimento. A brisa batia leve, sem direção exata. O som das gaivotas questionava sua presença. Os pensamentos vagavam por entre as tatuíras e escondiam-se – misteriosos – debaixo das conchas. Sua sombra agigantava-se às costas sob o sol nascente. Seu reflexo desconstruía-se à frente no vai-e-vem das ondas.
Havia o mar. Havia a cidade. Entre um e outro, um homem foi encontrado na praia.
Está lindo, Cassi! A foto de Capão tb tá o máximo. Beijos!
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